sexta-feira, 15 de maio de 2015

FADIGA, CÂNCER E ATIVIDADE FÍSICA.

Um dos mais evidentes problemas trazidos pelo Câncer é a fadiga muscular, vindo a ser um agravante quando falamos na perda de qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados. Esse sintoma é motivo de estresse e mal estar, tornando dificultoso o processo de tratamento ou recuperação .

Mesmo após o tratamento quimioterápico, esse sintoma desagradável perdura, por meses e até anos, e se caracteriza por exaustão, cansaço cognitivo e físico. Por vários motivos, esse sintoma não é investigado, ou seja, não é diagnosticado nem tampouco tratado, sendo que a prioridade é dada a outros fatores que devem ser alvo do tratamento da doença.

Esse diagnóstico pode ser realizado através de levantamentos sobre a história clínica do indivíduo, informações colhidas dos familiares, um exame físico, enfim, são vários os meios pelos quais a investigação desse sintoma pode ser feita.

O tratamento desse sintoma resultante do Câncer pode ser tratado de duas formas: tratamento farmacológico ou não farmacológico. O tratamento farmacológico é feito por meio de psicoestimulantes, essas substancias proporcionam ao indivíduo a capacidade de ser mais ativo. Um exemplo de tais drogas é a metilfenidato.

Mas a ênfase que queremos dar diz respeito ao tratamento não farmacológico, que pode ser realizado por meio de terapias do sono, cognitivas-comportamentais ou por meio da ATIVIDADE FÍSICA.

É mister que paciente  vitimas da fadiga resultado do câncer sejam orientados a ter uma vida ativa, uma rotina de exercícios bem estruturada. Indivíduos diagnosticados com Câncer em tratamento ou recuperação ao praticar exercícios regularmente estão se utilizando de uma medida bastante eficaz para combater a fadiga. Ao praticar exercícios regularmente o sujeito passa a desenvolver suas capacidades funcionais do dia-a-dia, ganhando em tônus muscular, passando a realizar as atividades diárias com menos esforço, ou seja, mais eficientemente.

Os exercícios devem ser adaptados a condição do indivíduo, ou seja, com intensidade e volume específicos a seu estado físico, ele deve ainda ser estimulado a praticar tais atividades. Esse ultimo trabalho pode ser realizado pelo profissional de Educação Física, que além de prescrever os exercícios apropriados para o indivíduo, usará de sua persuasão e conhecimentos sobre o assunto para convence-lo a manter-se firme no tratamento do mal pelo qual está sofrendo.


O artigo “Fadiga relacionada ao Câncer: uma revisão” aborda bem esse assunto, mostrando como se pode tratar a fadiga nesse contesto, seja por meio de tratamento farmacológico ou não farmacológico. Independente do tipo de tratamento, o importante é a promoção da qualidade de vida desses indivíduos, subsidiando sua cura.

REFERÊNCIA

  • CAMPOS, Maria P.O. Fadiga relacionada ao Câncer: uma revisão. Revista Assoc Med Bras 2011; 57(2):211-219.




7 comentários:

  1. Os exercícios podem diminuir a fadiga de pacientes com câncer. O tratamento do câncer frequentemente traz uma sensação de fadiga muito forte, que vem junto com a quimioterapia ou radioterapia. Os paciente relatam que esses sintomas duram meses ou até mesmo anos após o tratamento. O treinamento aeróbico reduz de forma importante a sensação de fadiga e fraqueza que o tratamento oncológico traz. Nos exercícios de resistência, apesar de efeitos positivos na composição corporal dos pacientes, não apresentaram mudanças na sensação de fadiga dos mesmos. Tudo isso mostra a importância que a atividade física deve ter no planejamento estratégico que é feito para os tratamentos dos pacientes com câncer.

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  2. ( Anderson, Thais, José Francisco)
    A fadiga é um sintoma multifatorial e subjetivo sua definição e compreensão são complexas, pois envolve aspectos biológicos cognitivos e psicológico dos indivíduos. Geralmente fadiga pode ser definida como uma condição caracterizada por estresse e declínio funcional relacionado ao declínio de energia.
    Entre 14% a 96% dos pacientes com câncer relatam sentir fadiga principalmente aqueles que estão sob tratamento. Aproximadamente 75% dos indivíduos que sobrevivem qo câncer relatam sensações extremas de fadiga, durante a radioterapia ou quimioterapia em geral associados à perda de peso e à redução da força muscular e da resistência cardiovascular.
    Revisão de literatura efetuada por BALTAGLINI mostra especificamente a fadiga resultante do tratamento de câncer de mama por exemplo, poucos estudos têm testado o exercício como intervenção para reduzir esta sintonia. Contudo, os estudos encontrados sugeriram diminuição dos níveis de fadiga em pacientes que ae exercitaram durante e após o tratamento. ...bom post

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  3. Ressalvo a importância da melhora psicológica do paciente, já que, com uma atividade que gosta, ele se sente bem apesar da dura recuperação. Durante o tratamento do câncer, é importante a pessoa evitar o estresse, comendo bem e fazendo algo que gosta, como uma atividade física à qual está acostumada.

    Mesmo sendo indicado, não adianta uma pessoa que jamais praticou um exercício físico ser obrigada a realizar uma atividade. “É preciso ser culturalmente aceito pela pessoa. Depende muito de como ela está vendo o exercício para obter resultados”.

    Ótima postagem!

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  4. G5 Anne, Alessandro, Mariane, Rafaely (ELA)
    Apesar de todos os benefícios explicitados, somente uma minoria dos pacientes recebe orientações sobre como implementar uma rotina de exercícios que seja eficaz e adequada para seu dia a dia, precisamos nos conscientizar de não apenas estar passando exercícios físicos para os pacientes, mas mostrando como isso pode beneficiá-los e os estimulando a nunca desistir. O tipo de exercício realizado não e tão importante quanto o simples fato de somente estar realizando uma atividade física. Permitir ao paciente a possibilidade de escolher o melhor exercício que se adapte à sua rotina ao mesmo tempo em que sejam oferecidas informações e incentivo à concretização destas atividades se torna essencial para o alcance de bons resultados.

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  5. O cancêr é uma doença muito debilitante que pode atrapalhar na execução de atividades físicas mas tambem a fadiga é um agente determinante de cansaço muscular devendo ter um acompanhamento continuo e bem orientado o paciente com câncer pode exercer suas atividades sem maiores restriçoes.

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  6. Grupo 01 (Brenda e Jéssica) : Em outras pastagens desse blog foi ressaltado que o paciente com câncer independente de qualquer tipo, deve praticar atividade física. A fadiga muscular acontece devido a esses indivíduos passaram por várias seções de quimioterapia e radioterapia que levam a uma fragilidade maior. Devido a isso o exercício físico recomendado a esses pacientes devem levar em consideração suas limitações e prescrever um treinamento de baixa intensidade para que não leve a causar fadiga.

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  7. Grupo 02 (Daniela e Mateus Marques)
    No passado, acreditava-se que pacientes em tratamento de doenças crônicas, como câncer, deviam manter-se em repouso e reduzir suas atividades físicas. Hoje em dia, só precisam seguir essas orientações se o movimento provoca dor, aumento da frequência cardíaca ou falta de ar. Recentes pesquisas demonstram que a prática de exercícios não só é segura e possível durante o tratamento do câncer, como também pode melhorar a disposição, o corpo e também a qualidade de vida do paciente.
    Por outro lado, o repouso em excesso pode resultar em perda funcional, atrofiamento muscular, além de reduzir a amplitude dos movimentos do paciente.

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