domingo, 26 de abril de 2015
Exercício Resistido e Câncer de Mama
O Câncer como geral se caracteriza como um crescimento rápido e desordenado de células, que se multiplicam rapidamente, tendendo a ser uma proliferação muito agressiva e determinam a formação de tumores malignos que podem se espalhar por várias partes do corpo. O câncer de mama se da por esse processo acima citado, como o nome já diz, afetando estrutura da mama, sendo mais comum entre mulheres. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum no mundo, sendo responsável por 22% dos novos casos a cada ano. No Brasil a taxa de mortalidade em consequência do CA de mama é muito alta, devido à doença ser diagnosticada em estádios avançados.
O câncer esta vinculado a diversos tipos de causa como fatores genéticos e outros, mas os fatores preponderantes ao desenvolvimento da doença vêm com o conjunto das predisposições genéticas, associadas ao estilo de vida e as condições ambientais na qual o individuo vive.
Pessoas com câncer de mama precisam ser induzidas a diferentes tipos de tratamentos como intervenção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia e homonioterapia, sendo que cada um desses tratamentos acarretam diversos efeitos colaterais ao individuo como anemia, fadiga, perca da resistência respiratória, fraqueza muscular, acumulo de gordura no tronco e na face, osteoporose, além do ficar susceptível a outras doenças, devido à queda do sistema imunitário.
Há alguns anos atrás era condenada a prática de exercício físico com carga para membros superiores a pacientes pós-cirurgia de retirada gânglio linfático, principalmente do lado do braço que foi feita a cirurgia. Os médicos temiam que qualquer esforço pudesse acarreta a formação de linfedema, inchaço doloroso dos membros proporcionado pela linfa quando não haje de acordo com seu funcionamento normal que causa debilidade nos pacientes oncológicos. Mas estudos recentes apontam que a pratica musculação, ao invés de prejudicar, faz com que as chances de se desenvolver esse quadro sejam reduzidas, desde que acompanhada por profissionais qualificados. Um estudo feito por 154 pacientes diagnosticados com câncer de mama apontam isso. Esses pacientes foram divididos em dois grupos aleatórios, um grupo foi submetido a um programa levantamento de peso supervisionado por profissionais com duração de 13 meses e o outro grupo não praticou nenhuma atividade física. Ao final do programa observou que apenas 11% dos pacientes submetidos ao programa de treinamento desenvolveram linfedema, enquanto no outro grupo 17% dos pacientes desenvolveram linfedema. Isso mostra o poder que a atividade física tem no tratamento de complicações pós-cirúrgicas.
Outros estudos apontam a influência do treinamento de força no combate a complicações decorrentes do câncer de mama: Twiss e colaboradores, 2009; Sagen e colaboradoress, 2009; Esses estudos mostra que mulheres sobreviventes ao CA tiveram um melhora na força e, também, que elas podem ser submetidas a programas moderado de exercícios resistidos, que esses iram melhorar suas funcionalidades e problemas decorrentes do câncer. Outros benefícios apontados por pesquisas recentes utilizando o programa de treinamento de força aliados ao treinamento aeróbico em pacientes sobreviventes ao câncer de mama são redução da gordura corporal, redução da fadiga e vômitos, melhoras na capacidade aeróbica, flexibilidade, bem-estar e qualidade de vida desses pacientes. O treinamento também ajuda a reformula a autoperscepção da saúde, o convívio e relacionamento social e a sexualidade (Speck e colaboradores, 2010), aumento da massa muscular e diminuição da percentual de gordura corporal (Schmitz e colaboradores, 2011), entre inúmeros outros benefícios tanto de ordem física, como fisiológica, psicológica, afetiva e social.
Diante disso, pode-se observar que a aplicação de programas de treinamentos resistidos com pesos, aplicados individualmente ou em conjunto com treinamento aeróbico, traz uma gama enorme de benefícios a pacientes com câncer de mama, como também a indivíduos com outros tipos de câncer, melhorando a convivência, qualidade de vida, complicações do tratamento ou pós-cirúrgicas e a saúde de forma geral. Mas ainda e necessário muito estudo para se destacar parâmetros a serem trabalhados com essa população a fim de beneficiar de forma mais eficiente os mesmo. E, também, o acompanhamento de diversos profissionais da área da saúde para um melhor direcionar no desenvolvimento de trabalhos desse tipo.
REFERÊNCIAS
PAULA, Marilene G. M; MORAES, Alan J. P.; ORNELLAS, Fabio H; Treinamento de Força e Câncer de mama: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.6, n.32, p. 164-171. Mar/Abr. 2012. ISSA 1981-9900.
Hypescience.com/levantamento-de-peso-pode-beneficiar-sobreviventes-de-cancer-de-mama.
www.treinamentoresistido.com.br
noticias.terra.com.br/ciência/interna/musculação+ajuda+mulheres+que+tiveram+câncer+de+mama.html
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Já é de conhecimento geral que o tratamento do câncer é bem debilitante e o exercício físico é um dos melhores meios de estimular na produção de leucócitos, que são altamente importantes para pacientes com câncer.Principalmente nas mulheres que sofrem de câncer de mama que tem sua auto-estima baixa, o exercício é um dos melhores meios de estímulo para melhorar essa questão psicológica.
ResponderExcluirImportante abordar este tema, pois será capaz de ajudar diversos pacientes com câncer, além de auxiliar também no tratamento dos mesmos.
ResponderExcluirDessa forma, estudos revelaram que atividades diárias como pilates, uma hora de musculação ou uma hora de caminhada diminuem o risco de ter essa doença.
O exercício não é bom apenas para emagrecer ou turbinar os músculos, ele é também um ótimo aliado para prevenir o câncer de mama. Um estudo publicado pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer mostrou que mulheres na menopausa que se exercitavam regularmente tiveram o risco de ter a doença reduzida em 25%. Aquelas que fizeram atividade mais leves, como ao menos sete horas de caminhada por semana, reduziram o risco em 14%.
Então, percebe-se a forte influência da atividade física regular para evitar a doença ou mesmo para o tratamento de pessoas com câncer de mama.
O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente, ocorrendo o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto, quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo. “Estudos recentes apontam que a pratica musculação, ao invés de prejudicar, faz com que as chances de se desenvolver esse quadro sejam reduzidas, desde que acompanhada por profissionais qualificados”, como já era de se esperar a prática de atividade física não só previne, como auxilia o tratamento. A atividade física ajuda a "mandar" a fadiga embora, aumentando a energia, a disposição e a autoestima, além de proporcionar convívio social, sendo o mais importante movimentar-se, seja qual for a atividade a ser praticada.
ResponderExcluirA combinação de exercícios aeróbios e musculação – chamada por alguns especialistas de oncofitness – pode elevar a qualidade de vida e ajudar a superar o coquetel de sentimentos que a doença provoca, especialmente em mulheres com câncer de mama. Além de controlar a náusea e aliviar as dores crônicas, o exercício tem um resultado psicológico extremamente positivo. Durante o treino, o organismo libera beta endorfinas, enzimas que provocam a sensação de bem-estar, e citocina,substância que ajuda a combater processos inflamatórios. São essas reações fisiológicas do corpo, estimuladas pelo exercício, que contribuem para a qualidade de vida dos pacientes e melhoram a forma como eles encaram a doença.
ResponderExcluirNas últimas décadas, o treinamento físico tem sido meio importantíssimo para a prevenção e reabilitação de PCM. Médicos recomendam a prática de atividade física durante e após tratamentos não cirúrgicos. Hoje se sabe que o exercício físico influencia positivamente no tratamento do câncer e pode reduzir risco de recorrência da doença melhorando suas sobrevidas.
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