sexta-feira, 15 de maio de 2015

FADIGA, CÂNCER E ATIVIDADE FÍSICA.

Um dos mais evidentes problemas trazidos pelo Câncer é a fadiga muscular, vindo a ser um agravante quando falamos na perda de qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados. Esse sintoma é motivo de estresse e mal estar, tornando dificultoso o processo de tratamento ou recuperação .

Mesmo após o tratamento quimioterápico, esse sintoma desagradável perdura, por meses e até anos, e se caracteriza por exaustão, cansaço cognitivo e físico. Por vários motivos, esse sintoma não é investigado, ou seja, não é diagnosticado nem tampouco tratado, sendo que a prioridade é dada a outros fatores que devem ser alvo do tratamento da doença.

Esse diagnóstico pode ser realizado através de levantamentos sobre a história clínica do indivíduo, informações colhidas dos familiares, um exame físico, enfim, são vários os meios pelos quais a investigação desse sintoma pode ser feita.

O tratamento desse sintoma resultante do Câncer pode ser tratado de duas formas: tratamento farmacológico ou não farmacológico. O tratamento farmacológico é feito por meio de psicoestimulantes, essas substancias proporcionam ao indivíduo a capacidade de ser mais ativo. Um exemplo de tais drogas é a metilfenidato.

Mas a ênfase que queremos dar diz respeito ao tratamento não farmacológico, que pode ser realizado por meio de terapias do sono, cognitivas-comportamentais ou por meio da ATIVIDADE FÍSICA.

É mister que paciente  vitimas da fadiga resultado do câncer sejam orientados a ter uma vida ativa, uma rotina de exercícios bem estruturada. Indivíduos diagnosticados com Câncer em tratamento ou recuperação ao praticar exercícios regularmente estão se utilizando de uma medida bastante eficaz para combater a fadiga. Ao praticar exercícios regularmente o sujeito passa a desenvolver suas capacidades funcionais do dia-a-dia, ganhando em tônus muscular, passando a realizar as atividades diárias com menos esforço, ou seja, mais eficientemente.

Os exercícios devem ser adaptados a condição do indivíduo, ou seja, com intensidade e volume específicos a seu estado físico, ele deve ainda ser estimulado a praticar tais atividades. Esse ultimo trabalho pode ser realizado pelo profissional de Educação Física, que além de prescrever os exercícios apropriados para o indivíduo, usará de sua persuasão e conhecimentos sobre o assunto para convence-lo a manter-se firme no tratamento do mal pelo qual está sofrendo.


O artigo “Fadiga relacionada ao Câncer: uma revisão” aborda bem esse assunto, mostrando como se pode tratar a fadiga nesse contesto, seja por meio de tratamento farmacológico ou não farmacológico. Independente do tipo de tratamento, o importante é a promoção da qualidade de vida desses indivíduos, subsidiando sua cura.

REFERÊNCIA

  • CAMPOS, Maria P.O. Fadiga relacionada ao Câncer: uma revisão. Revista Assoc Med Bras 2011; 57(2):211-219.




domingo, 10 de maio de 2015

LEUCEMIA E ATIVIDADE FÍSICA


A Leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, provocando funcionamento irregular das células sanguíneas devido a multiplicação das células alteradas geneticamente.

As leucemias tem sido incidentes em todo o mundo. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), foram catalogados o aparecimento de 8 510 casos em 2012, sendo que desses 4 570 foram em pessoas do sexo masculino e 3 940 em mulheres. Já o numero de morte provocadas por leucemia nesse mesmo ano foi de 3 940 para homens  e 2 733 em mulheres.

CONCEITO

A Leucemia é um tipo de câncer maligno que afeta o funcionamento das células sanguíneas. Isso se dá por mutação sofrida nas células que são produzidas na medula óssea como os glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, mais de forma específica, os glóbulos brancos. Essas células com mutações podem se espalhar pelo sangue, impedido funcionamento das células do mesmo.

São encontrados quatro tipos principais de leucemias:
ü Leucemia mielóide aguda (LMA)
ü Leucemia mielóide crônica (LMC)
ü Leucemia linfoide aguda (LLA)
ü Leucemia linfoide crônica (LLC)

CAUSAS

Não se sabe ao certo o que causa a Leucemia, mas o que se acredita é que fatores ambientais e genéticos são os principais fatores para essa patologia. A exposição a radiação e a substâncias cancerígenas pode acometer a alterações no DNA das células do sangue e levar ao quadro de leucemia.

SINTOMAS

Por conta de a medula óssea deixar de produzir algumas das células do sangue que são essenciais para algumas funções do corpo humano, os sintomas geralmente sentidos são falta de ar, perda de apetite, perda de peso não planejada, aumento de gânglios, fígado e baço, dor nas articulações e sensação de gripe que dura muitos dias, infecções, sangramento da gengiva, anemia e fraqueza.

DIAGNÓSTICO

Geralmente pessoas que suspeitam desse tipo de patologia, devem dirigir-se ao médico e este fará um apanhado geral histórico do paciente e exames físicos para detectar alguma alteração condizente com tal doença. Exames como tomografia computadorizada, exames de sangue e raio X devem ser feitos para se detectar se o problema já se estendeu, por onde, e o que esta afetando. Mas para um diagnostico definitivo, deve-se fazer uma analise da medula óssea e dos gânglios, para que seja detectado de forma mais eficiente o problemas e seja tratado logo.

TRATAMENTO

O tratamento deve ocorrer de acordo com os subtipos da doença, mas independente disse o tratamento visa à destruição das células anormais através de tratamentos medicamentosos, transfusões, terapias ortomolecular ou neuropática, e quimioterapias, e fazer com que a medula óssea volte a produzir células normais.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES COM LEUCEMIA

Como já vem sendo abordado nesse blog, a atividade física vem sendo uma boa pedida quando se fala com combate a algum fatores que levam a determinadas patologias ou ate mesmo no combate a própria patologia. É com a leucemia não poderia ser diferente.

Apesar de alguns profissionais
indicarem a proibição da atividade física, pelo fato de acreditarem que o repouso e melhor no tratamento. A atividade física é um excelente aliado no tratamento da leucemia, como também nos fatores externos que levam a mesma.

Em pesquisa feita por profissionais da USP em pacientes oncológicos, constatou-se que a atividade física melhora na coordenação motora, da capacidade respiratória, aumento da força muscular, como também efeitos psicológicos como menor cansaço, menos depressão e irritabilidade.

Os estudos mostram que pessoas com câncer sentem-se melhores depois da pratica de atividade física. Caminhada, yoga entre outras atividades podem manter o individuo ativo durante a o tratamento da doença.

Mais um ponto importante a ser ressaltado não só na prescrição de exercícios para pacientes oncológicos, mas para pacientes em geral. A prescrição de exercício deve ser acompanhada de perto por um time de profissionais da área da saúde que inclui médicos, educadores físicos, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêuticos, entre outros envolvidos nesse processo. Assim o exercício e tudo aquilo que envolve o paciente irá surtir melhor efeito e será mais eficaz, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Teresa J. B. Avanços e perspectiva para o diagnostico da leucemia linfoide aguda. Candombá – Revista Virtual, v. 5, n. 1, p. 40 – 55, jan- jun 2009.

www.correiobraziliense.com.br

revistavivasaude.uol.com.br

www.saudeesportiva.com.br

domingo, 3 de maio de 2015

ATIVIDADE FÍSICA UTILIZADA NA REABILITAÇÃO PÓS TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Como todos sabem o Câncer é caraterizado pelo crescimento anormal de células nos tecidos, que devem ou não resultar em cirurgia, dependendo do estagio em que se apresentam. Porém poucos sabem que a atividade física pode auxiliar no período pós-operatório, ou seja, na reabilitação. Estudos indicam que um programa de exercícios utilizado na reabilitação do paciente pós-operado de algum tumor é capaz de lhe proporcionar melhoras significativas em menos tempo.
Por exemplo, um paciente que se utiliza da atividade física terapêutica após a operação de remoção de tumor (isso, após certo período de recuperação e se utilizando de atividades com duração e intensidade adaptadas) vai adquirir amplitude de movimento melhorada, recuperação da mobilidade, minimização da atrofia dos músculos e redução da possibilidade de surgimento de linfedemas (PRADO, 2001. LOVE, 1998).
Exercícios físicos terapêuticos sem dúvida alguma são a melhor opção para que o indivíduo pós operado reestabeleça suas funções motoras normais, retornando mais rapidamente a suas atividades do dia-a-dia.
Além disso, no que se refere a melhora do psicológico e da autoestima, a atividade física é uma excelente aliada, sendo que o indivíduo ativo desenvolve uma maior confiança, tornando-se otimista quanto À recuperação de sua saúde, pensando além, em um desenvolver de suas potencialidades físicas por meio do treinamento físico. O ganho de tônus muscular e diminuição da massa gorda são outros benefícios proporcionados pela prática regular de atividade física(moderada de três a cinco vezes por semana) em pacientes acometidos com o câncer em estágio de reabilitação.
O projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira elaborou uma pesquisa literária que originou o trabalho “Exercício em pacientes Oncológicos: Reabilitação” recomenda a atividade física como terapia durante e após o tratamento oncológico, mesmo que esse exercício não seja supervisionado.
Pesquisas realizadas por esse projeto mostraram que a melhora da fadiga em pacientes praticantes de exercícios domésticos de moderada intensidade (caminhada). Especificamente nesse estudo 108pacientes com câncer de mama e idade média de 51 anos concluíram o estudo, todos recebendo recomendação para andar 15 minutos (depois progredindo para trinta) de cinco a seis vezes por semana com frequência cardíaca alvo de 50% a 70% da FC máxima. O resultado foi à redução de forma estatisticamente significativa dos sintomas de fadiga (p>0,03). Mas nesses casos o resultado depende muito da aderência dos pacientes À rotina de exercícios recomendada.
Frente a tudo isso fica claro que a atividade física não interfere somente no bem estar e autoestima dos pacientes, mas também trás melhoras quanto a sua condição física, metabolismo, tônus muscular, mobilidade das articulações, além disso, ocorre um aumento na resposta imunológica, potencializando a proteção do indivíduo contra todos os tipos de doença. Pacientes pós-operados ou que passaram por quimioterapia tem a sua disposição os mesmos benefícios, desde que pratiquem atividade física adequada a seu perfil.

Até o próximo post pessoal.



domingo, 26 de abril de 2015

Exercício Resistido e Câncer de Mama


     O Câncer como geral se caracteriza como um crescimento rápido e desordenado de células, que se multiplicam rapidamente, tendendo a ser uma proliferação muito agressiva e determinam a formação de tumores malignos que podem se espalhar por várias partes do corpo. O câncer de mama se da por esse processo acima citado, como o nome já diz, afetando estrutura da mama, sendo mais comum entre mulheres. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum no mundo, sendo responsável por 22% dos novos casos a cada ano. No Brasil a taxa de mortalidade em consequência do CA de mama é muito alta, devido à doença ser diagnosticada em estádios avançados.
   
     O câncer esta vinculado a diversos tipos de causa como fatores genéticos e outros, mas os fatores preponderantes ao desenvolvimento da doença vêm com o conjunto das predisposições genéticas, associadas ao estilo de vida e as condições ambientais na qual o individuo vive.

     Pessoas com câncer de mama precisam ser induzidas a diferentes tipos de tratamentos como intervenção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia e homonioterapia, sendo que cada um desses tratamentos acarretam diversos efeitos colaterais ao individuo como anemia, fadiga, perca da resistência respiratória, fraqueza muscular, acumulo de gordura no tronco e na face, osteoporose, além do ficar susceptível a outras doenças, devido à queda do sistema imunitário.

     Há alguns anos atrás era condenada a prática de exercício físico com carga para membros superiores a pacientes pós-cirurgia de retirada gânglio linfático, principalmente do lado do braço que foi feita a cirurgia. Os médicos temiam que qualquer esforço pudesse acarreta a formação de linfedema, inchaço doloroso dos membros proporcionado pela linfa quando não haje de acordo com seu funcionamento normal que causa debilidade nos pacientes oncológicos.  Mas estudos recentes apontam que a pratica musculação, ao invés de prejudicar, faz com que as chances de se desenvolver esse quadro sejam reduzidas, desde que acompanhada por profissionais qualificados.  Um estudo feito por 154 pacientes diagnosticados com câncer de mama apontam isso. Esses pacientes foram divididos em dois grupos aleatórios, um grupo foi submetido a um programa levantamento de peso supervisionado por profissionais com duração de 13 meses e o outro grupo não praticou nenhuma atividade física. Ao final do programa observou que apenas 11% dos pacientes submetidos ao programa de treinamento desenvolveram linfedema, enquanto no outro grupo 17% dos pacientes desenvolveram linfedema. Isso mostra o poder que a atividade física tem no tratamento de complicações pós-cirúrgicas.

     Outros estudos apontam a influência do treinamento de força no combate a complicações decorrentes do câncer de mama: Twiss e colaboradores, 2009; Sagen e colaboradoress, 2009; Esses estudos mostra que mulheres sobreviventes ao CA tiveram um melhora na força e, também, que elas podem ser submetidas a programas moderado de exercícios resistidos, que esses iram melhorar suas funcionalidades e problemas decorrentes do câncer. Outros benefícios apontados por pesquisas recentes utilizando o programa de treinamento de força aliados ao treinamento aeróbico em pacientes sobreviventes ao câncer de mama são redução da gordura corporal, redução da fadiga e vômitos, melhoras na capacidade aeróbica, flexibilidade, bem-estar e qualidade de vida desses pacientes. O treinamento também ajuda a reformula a autoperscepção da saúde, o convívio e relacionamento social e a sexualidade (Speck e colaboradores, 2010), aumento da massa muscular e diminuição da percentual de gordura corporal (Schmitz e colaboradores, 2011), entre inúmeros outros benefícios tanto de ordem física, como fisiológica, psicológica, afetiva e social.

     Diante disso, pode-se observar que a aplicação de programas de treinamentos resistidos com pesos, aplicados individualmente ou em conjunto com treinamento aeróbico, traz uma gama enorme de benefícios a pacientes com câncer de mama, como também a indivíduos com outros tipos de câncer, melhorando a convivência, qualidade de vida, complicações do tratamento ou pós-cirúrgicas e a saúde de forma geral. Mas ainda e necessário muito estudo para se destacar parâmetros a serem trabalhados com essa população a fim de beneficiar de forma mais eficiente os mesmo. E, também, o acompanhamento de diversos profissionais da área da saúde para um melhor direcionar no desenvolvimento de trabalhos desse tipo.

REFERÊNCIAS

PAULA, Marilene G. M; MORAES, Alan J. P.; ORNELLAS, Fabio H; Treinamento de Força e Câncer de mama: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.6, n.32, p. 164-171. Mar/Abr. 2012. ISSA 1981-9900.

Hypescience.com/levantamento-de-peso-pode-beneficiar-sobreviventes-de-cancer-de-mama.

www.treinamentoresistido.com.br

noticias.terra.com.br/ciência/interna/musculação+ajuda+mulheres+que+tiveram+câncer+de+mama.html

sábado, 18 de abril de 2015

PREVENÇÃO DO CÂNCER ATRAVÉS DA ATIVIDADE FÍSICA





Por ano, cerca de 12,7 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com o câncer, dessas, 7,6 milhões morrem números alarmantes e assustadores em relação a essa doença que prejudica tantas vidas ao longo dos anos, causando sofrimento tanto ao paciente quanto a seus familiares.

   É verdade que a genética tem parcela de culpa considerável quando o assunto é o diagnóstico dessa doença, sendo que pessoas que possuem um histórico familiar com casos de câncer tem maior chance de serem diagnosticadas com esse mal. Porém, algumas medidas podem ser tomadas para que nos previnamos, sendo que alguns maus hábitos resultam no desenvolvimento da doença em nosso organismo.
 
   São várias as medidas que podem ser tomadas: não desenvolver vícios; primar por uma alimentação saudável; se proteger dos raios solares quando em temperaturas altas; entre outras medidas que podem nos livrar do risco de ser diagnosticado com o câncer.

 Mas nos ateremos mais especifScamente aos subsídios que a medida “praticar atividade física” pode trazer nesse contexto, sendo que pode sim, de maneira direta ou indireta, em todos os tipos de câncer apresentados, e atua de maneira abrangente, pois engloba a prevenção, o tratamento e a reabilitação.

   Falando mais especificamente da prevenção, podemos afirmar que um estilo de vida não saudável pode trazer ao indivíduo uma série de doenças crônicas (diabetes, doenças cardiovasculares, câncer), por exemplo, o sedentarismo acompanhado de uma dieta rica em gorduras saturadas pode ocasionar a obesidade, aumento de gordura localizada na região abdominal, gordura centralizada, sobrepeso, características que atraem inúmeros males ao sujeito, digo isso baseado na colocação de FRIEDENRICH et al.(2002) quando afirmou que cerca de um quarto a um terço dos casos de câncer apresenta relação com sobrepeso, obesidade e elevados percentuais de gordura centralizada

   E é aí que a atividade física entra como medida preventiva, sendo que acompanhada de uma alimentação saudável ela é uma medida importantíssima quando o objetivo é prevenir doenças crônicas e, consequentemente, fazer com que o indivíduo viva mais e melhor.
Segundo diz o artigo “Atividade física na prevenção e na reabilitação do Câncer (Wellington Pedroso, Michel Barbosa Araújo, Eliane Stevanato - Dep.de Educação Física – UNITAU)” a atividade física praticada de maneira regular reduz em até 30% as chances de se contrair câncer, sendo esse um percentual considerável que reflete também na qualidade de vida do indivíduo.

   Segundo PRADO (2000), o sedentarismo em conjunto com o sobrepeso ocasiona uma série de mudanças nos mecanismos fisiológicos no organismo do indivíduo, sendo possível citar:

  • Formação de radicais livres e danos oxidativos; 
  • Redução da capacidade de reparo do DNA;
  • Modificação das atividades de enzimas carcinógenas;
  • Aumento do refluxo gástrico e do trânsito gastrintestinal, o que resulta numa maior exposição da mucosa a ácidos;
  • Aumento da possibilidade de desenvolvimento de resistência à insulina e alterações no equilíbrio hormonal endógeno.
   Além de todos esses efeitos, o acúmulo de gordura nas regiões da coxa e do quadril (em mulheres), e na região abdominal (em homens) influencia em muito o desenvolvimento de um quadro de resistência à insulina, tal resistência pode ser consequência de uma captação exagerada de ácidos graxos (gorduras) para a produção primária de energia, prejudicando o uso e estoque da glicose em forma de glicogênio muscular e hepático [Kaaks e Lukanova (2002), McArdle, Katch e Katch (1998) e Friedenreich (2001)].
 
   A desregulação dos níveis de insulina e aumento dos níveis de gordura aumentam os riscos de desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Em mulheres após a menopausa, por exemplo, nessas circunstâncias as chances de desenvolver câncer de mama e endométrio são elevadas, pois elas estão expostas por maior período de tempo ao estrógeno produzido pelas gorduras (FRIEDENREICH, 2002; STEIN; COLDITZ, 2003; WILLET, 2003).

   Baseado nas informações dadas pelos estudiosos do assunto que foram mencionados, é possível afirmar que um estilo de vida saudável (é claro, que inclua a prática da atividade física) previne boa parte dos tipos de câncer, não sendo o fator genético o único a ser relevante quanto ao assunto. Na prevenção de todos os tipos de câncer, o próprio bem estar, a socialização, a melhora das funções metabólicas e sistema imunológico (linfócitos), a liberação de alguns hormônios, entre muitos outros efeitos provenientes da atividade física, são de fundamental importância nessa luta, fazendo com que as estatísticas futuras venham a nos apresentar um quadro menos preocupante.

domingo, 12 de abril de 2015

Contribuições da atividade fisica e níveis de fadiga em paciente portadores de câncer.

     A atividade fisica regular é tida como um "remédio " para muitas doenças, tanto como prevenção, quanto no tratamento, de, por exemplo, diabetes, obesidade, hipertensão?, doenças cardíacas, entre outras. Como o câncer, em seus diversos tipos, nao e diferente. Apensar de poucos estudos feitos nessa área de atividade física como tratamento e prevenção do câncer,  dos poucos feitos, comprovam uma melhorará qualidade de vida de indivíduos praticante de programas de treinamento, tanto aeróbio que to resistido. Deste modo, será abordado no decorrer da matéria algumas adaptações promovidas pelo exercicio, bem como sobre níveis de fadiga em pacientes com câncer que participam de algum tratamento como quimioterapia, radiação ou os dois. Foi usado como base para demonstração de alguns dados a referência citada, Battagline (2004).

    De acordo com estudos lidos, pacientes oncológicos que receberam tratamento apresentaram níveis de fadiga elevados pela alta tava de debilitação fisiológica do mesmo, isso faz com que esse indivíduo tenha uma perca significativa de funcionalidades, e ate em algumas atividade diárias, tornando-se dificultoso. Esses fatores levam a uma drástica perda na qualidade de vida e saude das pessoas. E, se nao tratados logo tais fatores, torna o indivíduo propicio a outras complicações decorrentes do CA.
 
     Indivíduos portadores de câncer sofrem uma baixa muito grande em seu metabolismo, e quando esses sao submetidos aos tratamentos, a baixa metabólica e efeitos colaterais do tratamento sao atenuados. Isso desencadeia uma série de problemas tanto físico, como psicológico que deixa o indivíduo em um estado de incapacidade e com qualidade de vida comprometida.
 
    A prática de atividade fisica de forma regular e orientada vem sendo adotada como benéfica no tratamento de alguns tipos de câncer e na amenização de efeitos colaterais do tratamento. Alguns estudos americanos dizem ainda que o tempo de tratamento oncológico pode ser reduzido com a prescrição de exercícios.
 
     Um estudo feito nos EUA montou um grupo de homens e mulheres portadores de câncer de vários tipos, como câncer de próstata, cólon, mama, de tireoide e tumor cerebral e submeteu eles a um programa de exercícios fisico de 24 meses, 2 dias na semana para se avaliar o ganho de beneficios gerais e no nível de fadiga, este último foi avaliado pelo questionário de escala de medidas de fadiga revisado de Piper et al. Sendo que no programa de treinamento constava exercícios de cunho aeróbico e resistido.
 
     De acordo com a análise do estudo acima situado, pode-se comprovar uma real redução nos níveis de fadiga do paciente oncológicos proporcionado ,principalmente, pela melhora na frequência cardíaca, pela redução do percentual de gordura e aplicação de exercicio aerobicos. Apesar da pouca quantidade de participante, 27 no estudo situado, pode-se observar um padrão positivo entre a melhora as condições físicas dos paciente e redução nos níveis de fadiga.
 
     Outros estudos mostram que atividade física tem se mostrada uma verdadeira aliada no controle da fadiga e na melhora da funcionalidade dos paciente, tanto os que nao passaram por tratamento, como os que ja passaram por tratamento, atuando diretamente no bem estar e na qualidade de vida dessas pessoas. As adaptações decorrente do exercicios em paciente desse tipo foram bem significativa desde melhoras cardiorespiratorias, circulatórias, força musculatura ate a diminuição de índices  paciente hospitalizado.
 
     Estudos tambem apontam melhorias decorrentes da pratica de atividade fisica nos níveis diários de energias, melhora no apetite, auto-estima e na auto-perscepçao.  Al-Magid et al(2001) aponta o aumento do consumo de oxigenio, redução de náuseas e fadiga em mulheres portadoras de câncer de mama, que praticaram atividade fisica, melhorando cerca de 40% nas capacidade funcionais diárias.

 


  Diante disso, percebe-se que a atividade fisica ministrada de forma regular, orientada e supervisionada acarreta inúmeros benefícios, nao so no níveis de fadiga, mas tambem nos campos fisicos, psicológicos e, de modo geral, no bem esta e na qualidade de vida de pessoas portadores de câncer. Só que ainda e preciso muito mais estudos e pesquisas voltadas a prescrição de exercícios no tratamento oncológico e na melhora na qualidade de vida desses pacientes. Isso ainda e muito dificil, pois pesquisas nessa área e pouco conclusiva e limitada metodologicamente. Mas se isso fosse feito seria uma excelente forma de tratamento e prevenção do câncer, menos ofensiva, mais acessível e ate mais eficiente do que alguns tratamento convencionais que acabam prejudicando mais ainda a integridade da pessoa. E sempre lembrando que tudo isso deve ser bem acompanhado de um time multiprofissionais capacitados. Assim os resultados serão satisfatórios tanto para o paciente quanto para o bem e evolução da ciência.


Referências

http://www.cancerinfo.com.br/artigo/atividade-fisica-e-cancer.html

BATTAGLINI, Claudio L. et al. Atividade fisica e níveis de fadiga em pacientes portadores de câncer. Revista Brasileira Medicina do Esporte - Vol. 10, N°2 - Mar/Abr.2004.


domingo, 5 de abril de 2015

ATIVIDADE FÍSICA AERÓBIA E CÂNCER DE PULMÃO




ESTUDOS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA AERÓBIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO

O tratamento oncológico (tratamento de pacientes diagnosticados com câncer) é um dos mais complexos de se realizar, sendo que pessoas que se acometem de tais doenças, via de regra, são indivíduos com idade avançada e com mais de uma patologia. Nessa situação, a redução da qualidade de vida é quase que inevitável, sendo que sem os devidos cuidados do indivíduo com nova rotina de tratamentos para que células saudáveis não sofram com a doença, suas atividades diárias serão prejudicadas sem dúvida alguma. Tendo isso em vista, a atividade física tem se mostrado uma excelente opção de tratamento para pacientes diagnosticados com câncer, sendo que uma rotina de exercícios bem elaborada acarreta em benefícios físicos, psicológicos e sociais.
No que diz respeito ao câncer de pulmão, sendo mais específico, a atividade física também acarreta em melhoras significativas ao paciente, é possível afirmar isso baseado no artigo científico produzido por revisão de literatura “Exercício físico aeróbico e Câncer de pulmão: um estudo de revisão, de Raquel Jeanty de Seixas ; Andréia Gumurski de Oliveira Basso ; e Ângela Gonçalves Marx, que corroboraram com a ideia de que a atividade física pode ser utilizada como tratamento oncológico eficaz. O número de artigos lidos para que tal trabalho fosse realizado foi de 928, todos relacionados com o assunto (câncer de pulmão e atividade física), dentre esses 26 artigos foram classificados como potencialmente relevantes, todos datados da ultima década, porém, dos 26 somente 15 foram incluídos para estudo.
Enfim, o que tais estudos mostraram já era esperado, que a atividade física é benéfica quando utilizada como tratamento de pacientes com câncer de pulmão. O estudo de Wall, por exemplo, que buscou avaliar a esperança e a força em pacientes diagnosticados com câncer em duas condições, praticantes de atividade física no pré-operatório e não praticantes de atividade física no pré-operatório. O resultado observado foi que a força em pacientes que praticavam atividade física aumentou, enquanto que em pacientes não praticantes de atividade física diminuiu.
Outro estudo, realizado por Pehlivan et al.,  mostrou que pacientes diagnosticados com câncer que praticam atividade física aeróbica apresentam função pulmonar mais eficiente que pacientes que não praticam atividade física. Ainda baseado nesse estudo é possível afirmar que pacientes com vida ativa por meio dos exercícios aeróbicos possuem resultados no exame gasometria (mensuração dos níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue) mais saldáveis.
Dentre os artigos selecionados para estudos bons parte avaliou a condição dos pacientes antes e depois da intervenção por meio da atividade física, em todos foi possível observar melhorias nos pacientes ativos.
Pacientes com câncer pulmonar avaliados em testes como caminhada de seis minutos, medição do consumo máximo de oxigênio, entre outros (os métodos de avaliação varia de estudo pra estudo) apresentaram melhora na capacidade respiratória e níveis de oxigênio sanguíneo, o que evidencia a importância de exercícios aeróbicos em diversas fases do tratamento do câncer de pulmão. O estudo de Cesario et al. por exemplo, demonstrou através do teste da caminhada de seis minutos que pacientes diagnosticados com o câncer pulmonar praticantes de um programa de exercícios aumentaram seu percurso ( em média) de 297,8 m para 393,4 m, sendo que o grupo que não participou do programa de tratamento através da atividade física conseguiu percorrer uma distancia média maior em relação ao outro grupo antes do inicio do programa.
São vários os estudos que confirmam com a afirmativa de que a atividade física aeróbica é benéfica a pacientes diagnosticados com câncer de pulmão, no que diz respeito a sua capacidade funcional e qualidade de vida. No entanto, são necessários estudos mais aprofundados para a implantação segura de tais programas de exercícios nas práticas de tratamento clínico, no intuito de trazer benefícios aos pacientes por meio de atividades adequadas em intensidade e volume.

REFERÊNCIAS

  • SEIXAS Raquel Jeanty, BASSO Andréia Gumurski de Oliveira; MARX Ângela Gonçalves. Exercício Físico Aeróbico e Câncer De Pulmão: Um Estudo Em Revisão. Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Cancerologia 2012; 58(2); 267-275.